A Electronic Arts cancelou oficialmente o desenvolvimento do jogo de Black Panther e anunciou o encerramento do estúdio Cliffhanger Games, responsável pelo projeto.
A informação foi avançada pelo site IGN, que teve acesso a um email interno enviado por Laura Miele, presidente da EA Entertainment, onde a executiva justifica a decisão como parte de um esforço para “focar a energia criativa nas maiores oportunidades de crescimento”. Em outras palavras: cortar onde acham que não compensa, para investir onde há mais retorno.
O jogo de Black Panther foi anunciado em 2023 como um ambicioso projeto single-player, desenvolvido por uma nova equipa sediada em Seattle e liderada por veteranos da indústria, incluindo ex-membros da Monolith (Middle-earth: Shadow of Mordor). A ideia era criar uma aventura épica centrada em Wakanda, mas o projeto nunca chegou a sair da fase de pré-produção visível ao público.
O cancelamento surge como parte de uma nova vaga de cortes dentro da EA, que além de fechar o Cliffhanger Games, também afetou equipas mobile e centrais da empresa. Apesar de não divulgar números concretos, sabe-se que os despedimentos são inferiores aos 300 cargos eliminados no mês passado, nos estúdios da Respawn e na equipa de apoio ao consumidor da EA.
Estas decisões são difíceis”, escreveu Miele no email. “Afetam pessoas com quem trabalhámos, de quem aprendemos e com quem partilhámos momentos reais.”
A EA afirma que está a tentar recolocar os colaboradores afetados noutras áreas da empresa — algo que tem feito de forma recorrente durante as várias rondas de despedimentos dos últimos anos.
Curiosamente, apesar das constantes reestruturações, os números indicam que a EA continua a crescer em tamanho: segundo o jornalista Stephen Totilo (Game File), a editora empregava, em março deste ano, mais 800 pessoas do que no mesmo período de 2024.
Com o cancelamento do jogo de Black Panther, resta saber qual será agora o futuro das propriedades da Marvel sob o selo da EA.
Autor
Jorge Loureiro
Jorge Loureiro
O Jorge acompanha ferverosamente a indústria dos videojogos há mais de 14 anos. Odeia que lhe perguntem qual é o seu jogo favorito, porque tem vários e não consegue escolher. Quando não está a jogar ou a escrever sobre videojogos, está provavelmente no ginásio a treinar o seu corpo para ficar mais forte do que o Son Goku.
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