Consolas Xbox prestes a morrer? Eis a opinião de uma ex-funcionária
- por Jorge Loureiro
- 30 de junho, 2025
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Apesar da Microsoft ter confirmado recentemente uma nova geração de consolas Xbox em parceria com a AMD, uma ex-funcionária dos Microsoft Game Studios acha que falta pouco para a marca abandonar por completo o negócio das consolas.
Esta é a visão de Laura Fryer, uma das primeiras funcionárias dos Microsoft Game Studios e ex-diretora do Xbox Advanced Technology Group. Num vídeo partilhado no seu canal do Youtube.
Segundo Fryer, a Microsoft terá optado por uma direção para o futuro da marca: apostar tudo no plano “Xbox Anywhere” e deixar a inovação de hardware para os parceiros — como é o caso da ASUS e a sua nova consola portátil, a ROG Ally com branding Xbox.
É mais fácil colar um autocolante com o logo da Xbox num dispositivo que já existe do que investir em nova tecnologia,” afirmou.
Para a antiga gestora de projetos como Gears of War, o abandono do hardware é um sinal claro de que a Xbox está a fazer marcha-atrás em tudo o que a tornou relevante.
Estamos a falar de uma empresa que antes apostava forte em exclusivos e em lançar jogos com impacto. Hoje, não há razão para comprar uma consola Xbox, porque todos os jogos acabam noutros sistemas — seja PC, seja PlayStation,” lamenta.
Fryer vê nesta nova parceria com a ASUS — que, na prática, relança o mesmo hardware da ROG Ally com elementos Xbox — uma tentativa silenciosa de se afastarem por completo da produção de consolas. A falta de exclusivos, os cortes na equipa de hardware e os constantes adiamentos de jogos como Fable ou Perfect Dark são apenas mais indícios dessa retirada estratégica.
“Este plano de Xbox Anywhere soa bem no papel, mas na prática é só marketing. Estilo sem substância,” disse.
A crítica também se estende ao Game Pass.
Embora Fryer reconheça o valor do serviço, acredita que a Xbox está a tornar-se dependente de um modelo que já começa a mostrar limitações, com novos tiers, ausência de lançamentos day-one em alguns planos, e até aumentos de preços — como é o caso de The Outer Worlds 2, que chega com um preço base de 80 euros.
E quanto ao novo hardware? Para Fryer, não faz sentido.
É uma versão Windows do que já existia. Se é só para jogar os jogos do PC, mais vale comprar um PC ou uma Steam Deck com SteamOS. A liberdade do Windows? Isso é uma piada.”
A um ano do 25º aniversário da marca, a pergunta que Fryer deixa no ar é clara: que valor é que a Xbox ainda oferece?
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Jorge Loureiro
O Jorge acompanha ferverosamente a indústria dos videojogos há mais de 14 anos. Odeia que lhe perguntem qual é o seu jogo favorito, porque tem vários e não consegue escolher. Quando não está a jogar ou a escrever sobre videojogos, está provavelmente no ginásio a treinar o seu corpo para ficar mais forte do que o Son Goku.
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