O sucesso inesperado de Helldivers 2 teve um revés inesperado quando uma decisão controversa quase arruinou a relação entre a comunidade e o jogo.
O CEO da Arrowhead, Shams Jorjani, revelou que a pressão chegou ao ponto de uma chamada direta do presidente da PlayStation Studios, Hermen Hulst, para discutir a crise que o jogo enfrentava.
Depois de um lançamento triunfante que superou todas as expectativas, a decisão da Sony de obrigar os jogadores a vincularem as suas contas da PlayStation Network à Steam gerou um enorme descontentamento. Em menos de 48 horas, Helldivers 2 recebeu mais de 100.000 críticas negativas na plataforma da Valve, e a situação piorou ainda mais quando o jogo foi removido de mais de 150 países por falta de suporte ao PSN. A indignação dos jogadores colocou em risco o futuro do título.
A Sony acabou por recuar na decisão, mas os danos já estavam feitos. Jorjani descreveu esse período como o "ponto mais baixo" da sua gestão, revelando que teve de admitir que, a curto prazo, não havia uma solução imediata para o problema. No entanto, assegurou que existiam planos sólidos para recuperar a confiança da comunidade a longo prazo.
Apesar das dificuldades, Helldivers 2 tornou-se no lançamento mais bem-sucedido da PlayStation, com 12 milhões de cópias vendidas em apenas 12 semanas, ultrapassando até God of War Ragnarök. Inspirado no percurso de No Man’s Sky, que enfrentou um declínio semelhante antes de se reinventar, Jorjani acredita que o jogo pode encontrar um caminho de volta ao topo.
O CEO reconheceu que o crescimento da base de jogadores trouxe um novo nível de exigência: É como passar da terceira divisão para a Liga dos Campeões da noite para o dia. Temos de nos adaptar a um novo padrão e corresponder às expectativas.
Agora, resta saber se Helldivers 2 conseguirá consolidar o seu estatuto ou se ficará marcado por esta crise no futuro.
(via VGC, fonte da entrevista: The Game Business)
Autor
Hugo Antunes
O Hugo é aquele gamer raiz que ainda sente uma saudade quase romântica da PS2 e da PSP — porque, convenhamos, nada superava um bom FIFA ou um Grand Turismo. Mas o tempo não perdoa e recentemente trocou o comando pelo mobile... só que em vez de jogar casualmente no sofá, virou um verdadeiro monstro competitivo no Clash Royale e Brawl Stars - até já enfrentou alguns dos melhores do mundo! A nostalgia bate de vez em quando, mas agora a missão é clara: continuar a destruir no campo de batalha! Nem mesmo o aviso de bateria fraca consegue pará-lo!
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