A tua plataforma para te manteres a par do que se passa no mundo do gaming, mas não só. Não percas as nossas notícias, reviews, artigos de opinião, e também dicas de fitness para te manteres forte e saudável. Vive melhor, joga melhor.

Contactos

Shinobi: Art of Vengeance – O regresso que os fãs da Sega esperavam?

Shinobi: Art of Vengeance
Crédito da imagem: SEGA

Uma das propriedades mais clássicas da SEGA está de volta, após um desaparecimento que durou quase 15 anos, considerando que a última aparência de Joe Musashi foi na Nintendo 3DS em 2011 com Shinobi 3D.

Agora trazido de volta à vida neste reboot pelo estúdio Lizardcube, responsável por Streets of Rage 4 e Wonder Boy: The Dragon's Trap, Shinobi Heart of Vengeance pretende dar a conhecer esta franquia de Hack n' Slash a uma nova geração de jogadores e reconectar velhos fãs de uma "relíquia" que deu os seus primeiros passos nos Arcades e na Master System em 1987 e 1988, respetivamente, altura em que a SEGA ainda entrava nas disputas das consolas. 

Para aguçar o apetite para fãs de jogos de ação em 2D, está agora disponível uma demo que coloca nas nossas mãos o primeiro nível para explorar a fundo. Será que este shinobi voltou à vida e vai agarrar o seu lugar, ou será apenas mais um reboot desnecessário destinado a falhar? Estas são as minhas primeiras impressões retiradas da pequena demonstração.


Sobre Shinobi Art of Vegeance

  • Data de lançamento: 29 de Agosto de 2025

  • Preço oficial: 29,99 euros

  • Género: Plataformas / Ação

  • Editora: SEGA


A história não perde muito tempo com detalhes e, logo nos primeiros momentos do jogo, a nossa vila natal e os pupilos de Joe Musashi, mestre das artes ninja e a personagem que controlamos, são emboscados sem tempo de reação. Colocando o nosso protagonista no caminho para a vingança, o nível que é disponibilizado leva-nos a passar pela destruição causada, pelo ar livre e em templos imponentes. 

Shinobi Art of Vengeance Switch 2Imagem capturada por geekinout.pt

Com vários segredos e caminhos escondidos prontos para serem descobertos, numa exploração um pouco semelhante a um metroidvania, Art of Vengeance oferece várias opções de movimento e passagens fechadas cuja habilidade para as abrir é desbloqueada ao final do nível da demo. Ainda assim, o aspeto de platforming pareceu ficar comparativamente um pouco atrás, pelo menos na área que completei, não deixando de incluir um desafio mais exigente deste género e outro que também me deixou em sentido, mas mais “acessível”. Ainda que esta vertente esteja bem presente, não é por demérito que digo que fica atrás, mas sim porque é óbvio que foi dado mais ênfase ao combate, e é isso que vou abordar de seguida.

Pela minha frente, encontrei uma boa variedade de inimigos, desde o ninja mais básico que não foi grande ameaça até oponentes que envolvem mais componente estratégica, como os que conseguem regenerar a vida dos seus companheiros de luta, sendo assim o alvo prioritário, e os que enviam ondas de choque, algumas das quais não podem ser desviadas, entre outros. Esta demonstração também oferece duas lutas mais desafiantes: uma encontrada a meio do nível e outra que demarca o seu fim. O grau de dificuldade pareceu-me bem ajustado, pelo menos no modo recomendado, sendo que existe alguma variedade de opções para ajustar o nível de desafio conforme o jogador desejar, desde presets tradicionais até vários sliders que podem ser modificados individualmente.

Joe Musashi, sendo o mestre que é, traz consigo um imenso arsenal para combater as forças adversárias. Com Light e Heavy Attacks que podem ser usados em vários combos, kunais feitos para serem arremessados de forma a desfazer-me de uma ameaça à distância e um dash aéreo ou terrestre que nos proporciona i-frames essenciais de forma a evitar vários ataques poderosos. Ao explorar o mapa, completando os desafios escondidos ou comprando no merchant em troca de moedas, podemos desbloquear combinações adicionais que acrescentam uma grande variedade de movimentos, recompensando os jogadores mais curiosos e exploradores. 

Imagem capturada por geekinout.pt

Além disso, também temos no nosso arsenal o Shinobi Takedown, que nos permite desfazer de vários rivais ao mesmo tempo, assumindo que tenhamos infligido dano suficiente, algo que é indicado de forma intuitiva. Quantos mais inimigos forem aniquilados por uma instância desta habilidade, mais recompensas em forma de dinheiro, HP recuperado e kunais recebemos, portanto esta é uma ferramenta essencial para o nosso sucesso.

Podemos também equipar alguns amuletos, que requerem um mínimo de ataques bem-sucedidos sem levar dano para ativar os seus efeitos e itens que nos dão novas habilidades como uma explosão de fogo ou uma barragem de kunais, adicionando ainda mais à variedade do combate. Por fim, a demo dá também acesso às demolidoras Ninjutsu Stances: a que pude usar, permitiu que destruísse completamente uma horda de inimigos em segundos, sem dar chance de retribuição, numa animação cheia de estilo e cor, estando apenas limitado pelo preenchimento da Rage Gauge. Não faltam armas de destruição a Joe Musashi, falta sim saber se os inimigos estão à altura!

Apresentado num mundo 2D com gráficos pixéis inspirados na tirada mais famosa do estúdio - Streets of Rage 4, os ambientes são bem detalhados, mas nunca desviaram o meu foco da ação que decorria no ecrã. Todos os ataques são bem animados, com feedback de impacto bem satisfatório e a adição de um ligeiro slow-motion a cada golpe bem-sucedido é a cereja no topo do bolo. Jogando na Nintendo Switch 2, a taxa de resolução esteve sempre estável nos 60 FPS e o modo handheld pareceu-me o ideal para desfrutar da ação, já que o peso na bateria da consola não era excessivo, portanto sessões mais prolongadas são bem possíveis. Ainda assim, experienciar este jogo em modo docked num ecrã grande, de forma a poder apreciar os ambientes coloridos, vale igualmente a pena.

Shinobi Art of Vengeance BossImagem capturada por geekinout.pt

Em cerca de 1 hora que passei com o título, Shinobi: Art of Vengeance pareceu-me bastante promissor. Um Hack n' Slash cheio de ação com montes de maneiras de fazer frente aos inimigos, com ligeiros elementos de metroidvania e um estilo visual bem aplicado, que tem tudo para ser um sucesso dentro do género.

Saindo no PC, Nintendo Switch 1/2, PS4/5 e Xbox Series X/S a 29 de Agosto, o seu pior inimigo é a data de lançamento, coincidindo com a semana onde saem Metal Gear Solid Delta: Snake Eater, a edição para a Switch 2 de Kirby and The Forgotten Land e o Gears of War: Reloaded, entre outros títulos de peso. O que joga a seu favor é o preço promocional de 26.99€ para pré-reserva e a disponibilidade abrangente em termos de plataformas.

Pessoalmente estou curioso para ver a experiência completa, mas falta saber se num ano tão recheado como tem sido 2025 este reboot vai ter pernas para andar ou se vai cair na obscuridade.

Foto de Pedro Gomes - Autor na Geekinout
Autor

Pedro Gomes

Um verdadeiro amante de videojogos desde muito cedo e sendo o seu hobby preferido sempre, o Pedro tenta agora, como um adulto irresponsável, arranjar tempo para uma jogatana quando os seus dois demónios peludos favoritos o permitem.