Sony admite: os jogos live-service não estão a correr como planeado

Sony continua empenhada nos jogos live-service, mas até a própria empresa já reconhece que o plano tem estado longe de correr bem.

Lin Tao, CFO da Sony, admitiu que o esforço neste modelo “não está a correr totalmente bem”, citando falhanços como Concord e o adiamento de Marathon como provas claras disso.

Concord foi um desastre histórico: teve números ridiculamente baixos na beta aberta e acabou por ser encerrado apenas duas semanas após o lançamento. A coisa correu tão mal que a Sony teve de devolver o dinheiro aos jogadores. Já Marathon, da Bungie, continua envolto em polémica: más reações nos testes internos, acusações de plágio artístico e um adiamento indefinido.

E não é só. Fairgame$, outro título live-service da Sony, também terá sido adiado para 2026 depois de testes internos nada promissores. E claro, The Last of Us Factions, que acabou por ser cancelado.

Apesar disso, a Sony mantém-se firme no caminho do live-service, apontando os sucessos de Helldivers 2, MLB The Show, Gran Turismo 7 e Destiny 2 como exemplos de jogos que “contribuem de forma estável para as receitas”.

Lin Tao reconheceu, no entanto, que “há muitas lições a tirar dos erros” e que o objetivo passa por “reduzir o desperdício e tornar o processo mais eficiente” nos futuros projetos. A ideia será seguir o modelo de Helldivers 2, que, curiosamente, chega à Xbox a 26 de agosto, algo que pode indicar que os próximos jogos live-service da Sony também estarão em consolas concorrentes.

Mesmo com todos os percalços, a aposta continua. Mas será que os jogadores querem mais experiências online contínuas, ou preferem que a Sony volte ao que faz melhor: grandes aventuras single-player?

(via Videogamer)