Tudo o que sabemos sobre a portátil da Sony: specs e será que vai correr jogos da PS5?
- por Jorge Loureiro
- 17 de junho, 2025
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Não é oficial, mas está cada vez mais difícil ignorar os sinais: a próxima portátil da Sony está em desenvolvimento, e os primeiros detalhes técnicos já começaram a circular graças ao conhecido leaker KeplerL2 (que, vale lembrar, acertou em cheio nas specs da PS5 Pro).
Ainda estamos longe de um anúncio (e mais longe ainda de a ter nas mãos), mas os dados são suficientemente interessantes para pintar um cenário realista do que aí vem.
Antes de prosseguirmos, tenho que dizer que é realmente interessante ver a Sony de volta ao mercado das portáteis, depois de ter praticamente abandonado a PS Vita – que ainda assim, reuniu uma base de fãs fieis. Depois disso, a Nintendo dominou por completo esse mercado, com a 3DS e depois com a Nintendo Switch.
É graças à consola da Nintendo que hoje o mercado das consolas portáteis está mais forte do que nunca. A Valve lançou a sua própria consola (Steam Deck) e depois seguiram-se outros clones de marcas diversas. Recentemente, a Xbox também anunciou a sua consola portátil, que será lançada em parceria com a ASUS.
O que sabemos até agora da nova portátil:
GPU baseada em “UDNA”, a nova arquitetura gráfica da AMD (supostamente superior a RDNA 3.5).
16 compute units e 32 ROPs, numa configuração parecida com a do processador “Strix Point” (como o do ROG Ally X).
Memória LPDDR5X a 9600MT/s, mais rápida do que a maioria dos atuais PCs portáteis.
Cache MALL de 16MB, que ajuda a compensar a largura de banda mais limitada (apenas 128-bit).
Total de 16 GB de RAM, o mesmo que a PS5 — o que levanta possibilidades curiosas.
Processador fabricado em 3nm, o que deverá garantir boa eficiência e autonomia.
Upscaling com IA (FSR4, PSSR): a nova arquitetura poderá permitir técnicas avançadas como a PSSR da Sony, úteis para correr jogos modernos a 1080p.
Vai correr jogos da PS5?
Tudo indica que sim, mas com truques.
Há indícios de que os dev kits da PS5 já estão a receber um “modo de largura de banda reduzida”, sugerindo que os estúdios estão a preparar versões adaptadas para este novo hardware portátil.
Ou seja, a estratégia pode passar por algo semelhante ao que a Xbox faz com a Series S: correr os mesmos jogos, mas com resolução e performance reduzidas. Tudo isto parece apontar para que:
A nova portátil seja pensada em paralelo com a PS6
Seja capaz de correr jogos da PS5 e, futuramente, da PS6, com ajustes
Sirva como plataforma complementar, e não substituta
Como fica a concorrência?
Xbox: não deverá lançar hardware próprio. Vai apostar em parcerias com marcas como a ASUS (caso da ROG Ally X).
Steam Deck 2: A Valve está a aguardar um salto real de performance móvel. Talvez apostem na mesma arquitetura UDNA.
Nintendo Switch 2: já está no mercado e tem surpreendido em eficiência. Não será tão potente, mas pode continuar imbatível em jogos first-party.
Intel (Lunar Lake) e Nvidia (ARM): também têm cartas a jogar, especialmente se o foco estiver em IA e eficiência.
A futura portátil da Sony parece estar a ser construída com ambição.
Com especificações modernas e foco em compatibilidade com jogos da PS5 (e até PS6), este poderá ser o regresso que os fãs esperam desde a era da PSP. Mas resta saber se chega a tempo de marcar terreno num mercado que está cada vez mais competitivo… e cada vez mais portátil.
Fontes: Digital Foundry, KeplerL2
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Jorge Loureiro
O Jorge acompanha ferverosamente a indústria dos videojogos há mais de 14 anos. Odeia que lhe perguntem qual é o seu jogo favorito, porque tem vários e não consegue escolher. Quando não está a jogar ou a escrever sobre videojogos, está provavelmente no ginásio a treinar o seu corpo para ficar mais forte do que o Son Goku.
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