A mudança de Creation Engine para Unreal Engine pode comprometer identidade da Bethesda, diz ex-líder do estúdio

Dan Nanni, antigo responsável técnico da Bethesda, comentou recentemente sobre o futuro do Creation Engine, o motor de jogo utilizado em títulos como Starfield, Skyrim e Fallout. Embora reconheça que a transição para uma nova tecnologia seja inevitável, Nanni alertou que mudar para o Unreal Engine, como muitos fãs têm sugerido, poderia comprometer seriamente a identidade dos jogos da Bethesda — sobretudo no que diz respeito ao suporte para mods.

Segundo o ex-desenvolvedor, apesar das críticas relativas à idade do Creation Engine, este foi profundamente atualizado para Starfield e continua a ser essencial para manter as características únicas dos jogos do estúdio, como mundos abertos altamente modulares e sistemas complexos de física.

"Se mudarmos para o Unreal, estás praticamente a construir um motor novo do zero, mas com ferramentas que não foram feitas para o estilo de jogo da Bethesda", afirmou Nanni.

O antigo técnico destacou ainda o risco de se perder décadas de conhecimento acumulado por centenas de programadores e milhares de membros da comunidade de modders. A adoção de um motor externo implicaria reestruturar departamentos inteiros, treinar novas equipas e, potencialmente, prejudicar o ecossistema criativo que mantém jogos como Skyrim vivos mais de uma década após o lançamento.

Apesar de tudo, Nanni reconhece que nenhum motor sobrevive para sempre. Com o passar dos anos, problemas acumulam-se, e é natural que um dia se tenha de seguir um novo caminho. Ainda assim, defende que a escolha entre continuar a evoluir o Creation Engine ou adotar uma nova tecnologia não é simples — e poderá moldar o futuro da Bethesda durante as próximas décadas.

(via VideoGamer)