
Atenção: este artigo contém spoilers de Conjuring: Last Rites.
O décimo filme do universo The Conjuring marca a despedida de Patrick Wilson e Vera Farmiga como Ed e Lorraine Warren. Como em toda a saga, o final traz não apenas o clímax da história, mas também detalhes adicionais durante os créditos e uma cena pós-créditos que ajudam a contextualizar o caso real.
Mas, antes de mais, talvez queiras conferir também o nosso artigo de Factos vs Ficção em Conjuring 4.
O que acontece nos créditos finais?
Durante os créditos finais, em vez de preparar diretamente uma sequela, o filme presta homenagem ao material original em que se baseia. São exibidas fotografias e filmagens reais de Ed e Lorraine Warren ao longo das suas investigações paranormais.
Alguns desses registos históricos coincidem com cenas mostradas não só em Last Rites, mas também nos três primeiros filmes da série e até em casos ligados a Annabelle. Entre as imagens, o realizador Michael Chaves incluiu ainda flashes de figuras demoníacas para manter a atmosfera inquietante até ao último segundo.
Além disso, os créditos oferecem um epílogo que explica o que aconteceu aos Warrens após o caso Smurl e também o destino da família assombrada na vida real. Apesar da assombração, depois do caso ter sido encerrado, a família Smurl continuou a viver na mesma casa por mais três anos, afirmando que o encontro com o sobrenatural ajudou a fortalecer os laços familiares.
Numa das cenas finais, também vemos Ed Warren a atirar as chaves do museu de artefactos amaldiçoados para as mãos de Tony Spera, agora marido de Judy. Com um simples “Bem-vindo à família”, Ed entrega-lhe simbolicamente a responsabilidade de proteger e vigiar os objetos perigosos que os Warrens acumularam ao longo da vida.
Este detalhe é particularmente relevante porque, na vida real, Tony Spera tornou-se de facto o responsável pelo Occult Museum, preservando o legado dos sogros após a sua morte.
A cena pós-créditos
Depois dos créditos, há ainda um momento final dedicado ao espelho amaldiçoado que está no centro da narrativa de Last Rites. Em vez de uma nova cena filmada, surge uma fotografia de arquivo: Ed Warren em frente ao objeto, conhecido como o “Conjuring Mirror”.
O epílogo confirma que, tal como outros artefactos associados ao sobrenatural, o espelho foi guardado na casa dos Warrens em Connecticut, no famoso “Occult Museum”, que anteriormente podia ser visita pelo público (entretanto, as visitas foram encerradas devido a preocupações legais).
O que significa o final?
Com este desfecho, Conjuring: Last Rites cumpre duas funções:
Encerrar a trajetória dos Warrens no cinema, reforçando a ligação da saga às histórias verídicas em que sempre se apoiou.
Lembrar o público que o espelho amaldiçoado continua a existir e permanece até hoje como uma das peças mais perturbadoras do museu dos Warrens.
Embora Conjuring: Last Rites tenha sido apresentado como a conclusão da saga principal, o universo continua aberto a spin-offs e novas histórias. James Wan afirmou que este seria o último capítulo centrado nos Warrens, mas o desfecho sugere outra possibilidade: uma continuação focada em Judy, filha do casal, e no seu marido Tony, agora apresentados como herdeiros do legado familiar.
Outro detalhe importante é que o filme arrecadou 83 milhões de dólares no seu primeiro fim de semana, estabelecendo um novo recorde de estreia para o universo Conjuring e superando a marca anterior de The Nun (2018), que tinha alcançado 53,8 milhões. Foi ainda a melhor estreia do ano para um filme de terror e a terceira maior da história do género, apenas atrás de It (2017) e It: Chapter Two (2019), ambos também da Warner Bros. Com resultados tão expressivos, parece improvável que o estúdio coloque a saga definitivamente na prateleira, já que continua a ser demasiado lucrativa para abandonar.
Jorge Loureiro
O Jorge acompanha ferverosamente a indústria dos videojogos há mais de 14 anos. Odeia que lhe perguntem qual é o seu jogo favorito, porque tem vários e não consegue escolher. Quando não está a jogar ou a escrever sobre videojogos, está provavelmente no ginásio a treinar o seu corpo para ficar mais forte do que o Son Goku.
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