Constance (antevisão) | Um metroidvania colorido e bastante promissor
- por Pedro Gomes
- 17 de outubro, 2025
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Após o sucesso estrondoso dentro do mesmo género que foi Silksong, não seria de esperar que outros jogos do género quisessem lançar um metroidvania durante algum tempo para evitar ficar na sua sombra, mas o pequeno estúdio alemão btf não teve receio e é já no próximo mês que lança o seu ambicioso projeto – Constance.
Nesta aventura 2D com arte feita na sua totalidade à mão, tomamos controlo da protagonista que partilha o nome do jogo em si, Constance, numa jornada pelo seu subconsciente para desfazer bloqueios mentais e ultrapassar inseguranças na sua própria cabeça. Rodeada de um ambiente bem colorido e entidades amigáveis e outras nem tanto, o foco é transpor puzzles, derrotar inimigos e percorrer desafios de plataformas sem perder a nossa vida nem a nossa mente. Este é um mundo adorável que, apesar da sua aparente simplicidade, não deixa de esconder desafios e obstáculos à altura.
Imagem capturada por geekinout.pt
A jogabilidade é aprendida de forma natural para quem já jogou qualquer outro jogo do género, sendo fácil assimilar os controlos intuitivos para movimentar a nossa protagonista. Com saltos simples, ataques e dashes que nos permitem ignorar obstáculos como serras letais ou elementos corrompidos, tudo isto acaba por ser de fácil encaixe. A variedade de inimigos parece ser decente, mas a demonstração só deu acesso ao que eu assumo que seja uma porção da primeira área principal, colocando bastantes barreiras literais à exploração. O último grande momento da demonstração é o confronto com um boss que, apesar de me ter deixado intrigado devido ao design interessante do mesmo, acabou por não oferecer um grande desafio e foi derrotado logo à primeira tentativa. Com puzzles que envolviam a emissão de correntes elétricas de forma a chegarem a uma porta ao mesmo tempo, os conceitos iniciais parecem promissores e os desafios de plataformas também chegam a ser bem desafiantes, recompensando o jogador com progressão ou itens que nos permitem expandir os nossos recursos.
Por falar em recursos, além da tradicional barra de vida, Constance traz consigo uma barra de tinta que nos permite dar dashes ou infligir um ataque especial que permite eliminar corrupções que afetam inimigos e zonas do mapa, desbloqueando assim o nosso progresso. Apesar de ser bastante útil, esta barra deve ser usada com moderação já que, esgotando toda a tinta que temos, a nossa personagem fica corrompida e, durante alguns segundos, cada uso de uma ação que tente aceder a este recurso irá retirar-nos pontos de vida. Para recuperar deste estado, só precisamos de deixar a barra preencher na sua plenitude, voltando de imediato ao normal. Esta é uma mecânica muito interessante que me deixa curioso para saber o quão punitiva vai ser conforme desbloquearmos mais habilidades essenciais que consumam este recurso.
Imagem capturada por geekinout.pt
Outra boa ideia que este jogo apresenta é a de oferecer ao jogador duas opções em caso de morte. Enquanto que, tradicionalmente, quando a nossa personagem perde a sua vida, é enviada de volta para um bench ou local que cumpra a mesma função, em Constance o jogo oferece-nos a mesma opção de regressar a um Shrine ou, caso não queiramos abandonar a secção do mapa onde estamos, podemos voltar à vida ao nosso ponto de entrada no mesmo, com uma contrapartida. Ao optar pela escolha mais cómoda, evitando as temidas runbacks, a Puppet Curse cai sobre nós e isso empodera todos os inimigos no mapa, tornando os encontros mais perigos, deixando a escolha nas mãos do jogador.
Imagem capturada por geekinout.pt
Em menos de uma hora completei a demonstração que faz parte da Next Fest da Steam e tenho que admitir, este jogo tem bastante potencial. Introduzindo conceitos inteligentes e refrescantes para o género com visuais bem coloridos e apelativos, Constance parece ter potencial para ter sucesso. Se tivesse que apontar os pontos que achei menos bem conseguidos aqui, esses seriam o movimento um pouco constrangedor, ainda que isso possa ser o meu cérebro ainda a habituar-se após quase 60 horas de Silksong, e o combate seria melhor com mais algum impacto em termos de feedback nos ataques bem-sucedidos.
Imagem capturada por geekinout.pt
Ainda sem preço previsto de momento e com lançamento previsto para 24 de novembro deste ano para PC e com ports para PS5. Xbox Series e Switch ½ planeados para 2026, este é um título que me parece valer a pena ter em atenção para fãs do género.
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Pedro Gomes
Um verdadeiro amante de videojogos desde muito cedo e sendo o seu hobby preferido sempre, o Pedro tenta agora, como um adulto irresponsável, arranjar tempo para uma jogatana quando os seus dois demónios peludos favoritos o permitem.
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