PlayStation promete nova geração de consolas, mas sem abandonar a PS5 (nem a PS4)
- por Jorge Loureiro
- 13 de junho, 2025
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A Sony voltou a reafirmar o seu compromisso com o hardware dedicado, mesmo perante a ascensão dos jogos na nuvem.
Numa reunião recente com investidores, Hideaki Nishino, o novo CEO da Sony Interactive Entertainment, garantiu que a empresa está empenhada em “explorar uma nova e melhorada forma de os jogadores interagirem com os seus jogos", sublinhando que o futuro da plataforma PlayStation é uma prioridade.
Apesar do crescimento do cloud gaming, Nishino considera que a maioria dos jogadores continua a preferir jogar localmente, sem depender da qualidade da ligação à internet.
“A estabilidade da rede não está sob o nosso controlo”, explicou o executivo. “E os custos por tempo de jogo são mais elevados do que no modelo tradicional de consola.”
A PS5 e a PS5 Pro validaram, segundo Nishino, a tese de que o jogo local ainda é o preferido dos utilizadores. E mesmo a PS4 — lançada em 2013 — continua com um papel relevante: a plataforma conta com um ecossistema de mais de 124 milhões de utilizadores mensais ativos, muitos dos quais continuam ligados à geração anterior.
E a PS6? Ainda longe, mas planeada
Sem divulgar datas concretas, Nishino indicou que “há um enorme interesse” na estratégia da próxima geração, mas que os detalhes ainda estão por partilhar. Segundo documentos divulgados durante o processo entre a Microsoft e a FTC, a PlayStation 6 só deverá ser lançada depois de 2028, com a AMD já confirmada como parceira para o desenvolvimento do novo chip.
Lynn Azar, SVP de finanças da Sony Interactive Entertainment, reforçou que a empresa está hoje menos dependente da “ciclicidade” do lançamento de hardware. Graças às receitas recorrentes — como microtransações, serviços e subscrições — mais de dois terços dos lucros da PlayStation já não vêm da venda de consolas, mas sim da retenção e envolvimento dos jogadores.
O perfil financeiro do negócio evoluiu. A PS5 representa os nossos jogadores mais envolvidos, com maior gasto médio por utilizador”, afirmou Azar. “Ao darmos aos jogadores diferentes formas de aceder à plataforma, conseguimos adaptar-nos melhor a diferentes perfis de consumo.”
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Jorge Loureiro
O Jorge acompanha ferverosamente a indústria dos videojogos há mais de 14 anos. Odeia que lhe perguntem qual é o seu jogo favorito, porque tem vários e não consegue escolher. Quando não está a jogar ou a escrever sobre videojogos, está provavelmente no ginásio a treinar o seu corpo para ficar mais forte do que o Son Goku.
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