Não costumo ser grande fã de remakes. Muitas vezes são exercícios preguiçosos de nostalgia ou tentativas de reciclar marcas conhecidas sem trazer verdadeiro valor. Felizmente, The Running Man, que chegou esta semana aos cinemas, não é um desses casos. Este remake (ou readaptação, como queiram chamar) é surpreendentemente eficaz e consegue equilibrar ação, drama e crítica social de forma muito mais competente do que estava à espera.
A premissa mantém-se familiar: num futuro distópico, as corporações controlam praticamente cada aspeto da vida, enquanto os mais ricos vivem num luxo quase absurdo. Do outro lado, a esmagadora maioria da população enfrenta dificuldades, pobreza e falta de acesso a medicamentos básicos. É um cenário exagerado, mas que, infelizmente, consegue dialogar com problemas reais da sociedade atual.
Sobre The Running Man (2025)
Duração: 2h13m
Realizador: Edgar Wright
Data de estreia: 13/11/2025
Géneros: Ação, Thriller, Comédia
É neste contexto que acompanhamos Ben Richards, um homem comum que perde o emprego e vê a saúde da filha deteriorar-se sem possibilidade de tratamento. Desesperado, aceita participar em The Running Man, um reality show onde concorrentes têm de sobreviver durante 30 dias enquanto são perseguidos por assassinos profissionais. Tudo isto é transmitido em direto para um público que vibra com a violência e transforma a morte em entretenimento.
O filme funciona muito bem como espetáculo. A realização e o ritmo mantêm o espectador preso ao ecrã, e as sequências de ação têm o impacto que se espera de uma produção moderna deste calibre. Mas o que mais me surpreendeu foi a capacidade do filme de equilibrar este lado mais “pipoqueiro” com comentários sociais pertinentes. Entre momentos mais sérios e outros assumidamente exagerados, há várias reflexões que ficam a ecoar depois da sessão.
A experiência em IMAX amplificou o impacto visual e sonoro do filme, tornando-o ainda mais envolvente. Do princípio ao fim, senti-me totalmente agarrado à história, algo que não acontece assim tantas vezes nos filmes mais recentes.
Veredicto
No geral, The Running Man é um excelente exemplo de como revisitar uma obra sem cair na redundância. Mantém o espírito do original, moderniza-o e, acima de tudo, acrescenta algo relevante para a atualidade. É um filme que vale a pena ver no grande ecrã.
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Jorge Loureiro
O Jorge acompanha ferverosamente a indústria dos videojogos há mais de 14 anos. Odeia que lhe perguntem qual é o seu jogo favorito, porque tem vários e não consegue escolher. Quando não está a jogar ou a escrever sobre videojogos, está provavelmente no ginásio a treinar o seu corpo para ficar mais forte do que o Son Goku.
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