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Shadow Force (crítica) – Forças especiais, clichés e romance

Shadow Force Crítica
Crédito da imagem: Lionsgate

Shadow Force é um daqueles filmes em que os trailers prometem mais do que aquilo que o resultado final consegue cumprir. Não se trata de engano no conteúdo — tudo o que foi mostrado está efetivamente no filme — mas sim de uma enorme discrepância entre o que se antecipa e o que se recebe.

Confesso que não esperava ver um marco na história dos filmes de ação quando entrei no cinema, mas também não estava à espera de algo tão insípido vindo da Lionsgate — o estúdio responsável por franquias como John Wick, Saw e The Hunger Games.


Sobre Shadow Force

  • Estreia em Portugal: 8 de maio de 2025

  • Géneros: ação / thriller

  • Realizador: Joe Carnahan

  • Duração: 1h44m


Missão impossível... de nos cativar

À primeira vista, o filme parece ser uma mistura curiosa entre Missão Impossível e Spy Family, com um cocktail de ação, comédia e romance no centro da narrativa. No papel, até podia funcionar. Na prática, é uma execução morna e sem identidade.

A premissa gira em torno de um casal pertencente a uma força especial da CIA (com o mesmo nome do filme — Shadow Force) que, depois de se apaixonarem e terem um filho, decidem abandonar essa vida para garantir uma infância pacífica à criança. O problema? A única regra da organização é que ninguém pode sair.

Ao longo das suas 1h44 minutos, Shadow Force parece mais longo do que realmente é. A gestão do tempo de ecrã é fraca e não chega para convencer o espetador do argumento que quer contar. Como filme de ação, é genérico e previsível. Como comédia ou romance, apesar de alguns momentos engraçados com o miúdo e da ajuda de músicas bem colocadas do Lionel Richie, falta química entre o elenco.

Não é mau, mas podia ser melhor

O argumento é raso, formulaico e exige demasiado da nossa suspensão da descrença — a tal ponto que se torna difícil levar a sério a maioria dos acontecimentos. Pior: o filme despacha rapidamente os seus pilares narrativos; tudo é explicado com demasiada leviandade. O vilão, interpretado por Mark Strong como o antigo chefe da Shadow Force, simplesmente não convence.

As cenas de ação seguem a fórmula já batida do género, mas sem o brilho ou criatividade que as tornem memoráveis. Há tentativas de criar emoção familiar e laços afetivos, mas tudo soa demasiado artificial, como se tivesse sido incluído por obrigação, em vez de surgir organicamente da história.

O resultado é um filme raso, com pouca graça e com alta probabilidade de te esqueceres dele no dia seguinte.

Este é o símbolo para jogos, filmes ou produtos assim-assim. Têm tanto de bom como de mau. Ainda podes gostar e desfrutar deles, se estiveres disposto a ignorar certas coisas.

Veredicto

Shadow Force não é um desastre completo, mas também não tem nada de memorável. É o típico filme de streaming de fim de semana — para ver uma vez, desligar o cérebro, e seguir em frente.

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Autor

Jorge Loureiro
Fundador da GeekinOut

O Jorge acompanha ferverosamente a indústria dos videojogos há mais de 14 anos. Odeia que lhe perguntem qual é o seu jogo favorito, porque tem vários e não consegue escolher. Quando não está a jogar ou a escrever sobre videojogos, está provavelmente no ginásio a treinar o seu corpo para ficar mais forte do que o Son Goku.