Hollywood achou que estava segura das medidas de Donald Trump, mas esta semana já começou a tremer com o futuro.
Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, voltou a carregar no botão vermelho da polémica ao anunciar a intenção de taxar filmes produzidos fora dos EUA com tarifas de 100%.
Segundo Trump, as produções internacionais estão a matar a indústria cinematográfica norte-americana e representam uma ameaça à segurança nacional. A declaração foi publicada na sua rede social Truth Social e não deixa margem para dúvidas:
A indústria cinematográfica nos Estados Unidos está a MORRER a um ritmo muito rápido. Outros países estão a oferecer todo o tipo de incentivos para atrair os nossos cineastas e estúdios para fora dos Estados Unidos. Hollywood, e muitas outras áreas do nosso país, estão a ser devastadas. Isto é um esforço coordenado por outras nações e, portanto, uma ameaça à segurança nacional. Além de tudo o resto, é também uma questão de mensagens e propaganda! Por isso, estou a autorizar o Departamento do Comércio e o Representante de Comércio dos Estados Unidos a iniciarem imediatamente o processo para aplicar uma tarifa de 100% sobre todos os filmes que entrem no nosso país e que sejam produzidos em terras estrangeiras.
QUEREMOS FILMES FEITOS NA AMÉRICA, NOVAMENTE"
A reação dos mercados foi imediata. As ações da Netflix caíram 3.3%, a Disney recuou 2.4%, a Warner Bros. Discovery perdeu 4.2% e a Paramount escorregou 2.2%. Já a Lionsgate afundou mais de 7%, numa sessão que correu bem pior para o setor do entretenimento do que para os restantes índices de Wall Street.
Ainda não está claro como estas tarifas serão implementadas, mas já há especulações sobre possíveis alvos: desde filmes como Mission: Impossible – The Final Reckoning, filmado no Reino Unido, até produções independentes que recorrem a estúdios europeus ou canadenses para cortar custos.
Para muitos estúdios, filmar no estrangeiro é uma questão de viabilidade financeira. Mas se esta proposta avançar, a decisão poderá tornar-se muito mais difícil — ou muito mais cara.
Trump fecha a sua declaração com o slogan adaptado: “We want movies made in America, again!” — como se a próxima grande batalha do MAGA fosse mesmo em Hollywood.
Imagem via Truth Social
Autor
Jorge Loureiro
Jorge Loureiro
O Jorge acompanha ferverosamente a indústria dos videojogos há mais de 14 anos. Odeia que lhe perguntem qual é o seu jogo favorito, porque tem vários e não consegue escolher. Quando não está a jogar ou a escrever sobre videojogos, está provavelmente no ginásio a treinar o seu corpo para ficar mais forte do que o Son Goku.
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