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EA garante que não vai haver despedimentos “imediatos” após compra de 55 mil milhões

EA Games despedimentos
Crédito da imagem: EA Games

A Electronic Arts foi comprada esta semana por um consórcio liderado pelo Saudi Arabia’s Public Investment Fund (PIF), em conjunto com a Silver Lake e a Affinity Partners, num negócio avaliado em 55 mil milhões de dólares. A transação, que inclui ainda 20 mil milhões em dívida, deverá ficar concluída dentro de seis a nove meses, caso não surjam obstáculos regulatórios.

Perante a escala do negócio, os receios entre os trabalhadores da EA não tardaram a surgir. A principal preocupação são os despedimentos que habitualmente acompanham aquisições desta dimensão.

Numa mensagem interna enviada a todos os funcionários (via Stephen Totilo), e tornada pública através da SEC (Securities and Exchange Commission), a EA procurou tranquilizar os seus funcionários

“Não haverá mudanças imediatas no seu emprego, equipa ou trabalho diário como resultado desta transação.”

Ainda assim, a escolha da palavra “imediata” deixa espaço para interpretações e mantém a incerteza sobre o futuro a médio prazo.

Já vimos previamente o resultado deste tipo de aquisições. Depois da compra da Activision Blizzard, a Microsoft Gaming não tardou para começar despedir pessoas (ainda em julho houve despedimentos).

Vários analistas de mercado, como Serkan Toto (Kantan Games), já vieram a público afirmar que é provável que haja despedimentos ou encerramentos de estúdios no futuro próximo.

David Cole, da DFC Intelligence, acrescenta que a empresa poderá optar por vender estúdios ou franquias menores (como SimCity, Dragon Age, Plants vs Zombies ou Command & Conquer) para gerar valor adicional e pagar parte da dívida.

Existe também preocupação de que os novos donos da EA possam ter impacto cultural, sobretudo em jogos que envolvem temáticas mal vistas na cultura árabe, como a opção de ter um romance com pessoas do mesmo sexo nos jogos da Bioware. No entanto, a EA afirma que “a missão, valores e compromisso para com jogadores e fãs permanecem inalterados”.

Andrew Wilson continuará como CEO da Electronic Arts, e a atual equipa de liderança executiva mantém-se em funções. A companhia reforça ainda que está numa posição financeira sólida e que a operação serve para acelerar a expansão global e “abrir novas oportunidades”.

Autor

Jorge Loureiro
Fundador da GeekinOut

O Jorge acompanha ferverosamente a indústria dos videojogos há mais de 14 anos. Odeia que lhe perguntem qual é o seu jogo favorito, porque tem vários e não consegue escolher. Quando não está a jogar ou a escrever sobre videojogos, está provavelmente no ginásio a treinar o seu corpo para ficar mais forte do que o Son Goku.